Friday, May 19, 2006

Código Da Vinci - O filme

Por Daniele Farias e Giovana Fregapani


A estréia mundial do tão esperado “O Código Da Vinci” no dia 19 de maio pelo jeito não mobilizou muito o público. De acordo com os críticos e alguns sites especializados em cinema, na França, onde foi lançado quarta-feira, 17, no Festival de Cannes, a obra de Ron Howard não causou o alvoroço anunciado pela imprensa. O longa foi inspirado no best-seller de Dan Brown que vendeu até agora mais de 40 milhões de cópias no mundo todo. Do mesmo diretor de “Shine – Uma mente brilhante”, o público pode esperar por boas atuações do elenco que conta com conhecidos e premiados atores.
A história tem em Tom Hanks um professor americano e simbologista (Robert Langdon) para o lançamento de seu livro. Os enigmas aparecem quando Langdon é chamado para ajudar a decifrar a morte do curador do Museu do Louvre. Jean Reno é o detetive Bézu Fache e Audrey Tautou é Sophie Navau, a neta do curador assassinado. Também estão no elenco Ian MacKellen, Paul Bettany, Alfred Mollina, e Jean-Pierre Marielle.

Polêmica
A obra criada por Dan Brown causa polêmica por ser uma ficção que mistura fatos verídicos da história do cristianismo. A grande “sacada” da história é o segredo que sugere um Jesus Cristo que era humano e teria tido filhos com Maria Madelena.
Uma campanha mundial tentou impedir a exibição em alguns países. Aqui no Brasil a Igreja evitou falar sobre o assunto alegando que seria mais uma forma de publicidade para o filme e recomendou apenas para que o público tente discernir adequadamente a realidade e a ficção. Assim como outros filmes que também causaram polêmica envolvendo religiões, O Código Da Vinci não deve ser levado a sério, dizem os próprios atores e o diretor.

Ficha técnica:
Estúdio: Columbia Pictures (Distribuição, Produção); Imagine Entertainment (Produção)
Elenco: Tom Hanks (Robert Langdon); Jean Reno (Bezu Fache); Audrey Tautou (Sophie Neveu); Ian McKellen (Sir Leigh Teabing); Alfred Molina (Bispo Manuel Aringarosa); Paul Bettany (Silas); Jean-Pierre Marielle (Jacques Saunière)
Equipe Técnica: Ron Howard (Diretor); Akiva Goldsman (Roteirista); Brian Grazer, John Calley (Produtores); Salvatore Totino (Diretor de Fotografia); Hans Zimmer (Compositor) - baseado no livro de Dan Brown.

Para os interessados
Site oficial do filme:
  • Site Oficial


  • Trailer
  • Friday, April 28, 2006

    Resenha Crítica GA – Pierre Lévy e Steven Johnson

    Os textos de Pierre Lévy e Steven Johnson têm um aspecto comum. Ambos relacionam o virtual e as tecnologias com outras áreas. Lévy aborda o tema das evoluções no contexto da medicina que possibilita que o corpo seja um hipercorpo. Já Johnson enfatiza a importância do desing e da arte, contando sua experiência com o computador e mostrando as modificações no processo de produção textual.
    No capítulo “A virtualização do corpo” do livro O que é virtual?, Lévy inicia com a frase “Estamos ao mesmo tempo aqui e lá graças às técnicas de comunicação e telepresença”, que acredito ser um resumo do texto em questão. Ao longo de sua argumentação o autor menciona que os meios de comunicação podem ser entendidos como uma extensão dos nossos sentidos. Em “O hipercorpo” ele induz os questionamentos sobre as relações do hipercorpo e do hipertexto viruais quando diz: “hoje nos associamos virtualmente num só corpo com os que participam das mesmas redes técnicas e médicas, Cada corpo individual torna-se parte integrante de um intenso hipercorpo híbrido e mundializado”. Neste ponto, acredito que também pode-se relacionar às comunidades virtuais. Segundo Lévy, não ocorre o confronto entre virtual e o real, mas sim o confronto entre virtual e atual.
    No texto de Steve Jonhson, “Cultura da Interface: Como o Computador Transforma nossa Maneira de Criar e Comunicar", o autor trabalha com o conceito de que uma catedral é tanto arte como construção – o belo e o útil se fundem. Johnson também acredita que criação da metáfora do desktop gráfico como interface diferente de uma interface baseada em comandos é a decisão de design mais importante da metade do século passado e pode significar tanto quanto as catedrais da Idade Média. O autor faz um breve resumo da história dos computadores, contando suas primeiras experiências com a nova tecnologia e as adaptações pelas quais passamos. Quando diz: “O computador não só tornara o ato de escrever mais fácil para mim, mudara também a própria substância do que estava escrevendo, e, nesse sentido suspeito, teve enorme impacto também sobre o meu pensamento”, ele mostra que o processo de construção do texto se modifica devido a possibilidade de “viajar na liberdade do espaço, desde a fluidez de pensamento ate a agilidade de organização das idéias”. Segundo ele surge um novo método de produção textual, criando a dependência pela tela e as ferramentas que possibilitam o processo de organização do conteúdo simultaneamente à velocidade do pensamento.